Sobre nóS
Somos uma coletiva que propõe formações colaborativas para ampliar as possibilidades de experiências leitoras, reconhecendo e valorizando a multiplicidade de saberes, vozes e formas de perceber o mundo.
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O diferencial da coletiva é atuar na formação de educadores-as, mediadores-as de leitura e demais interessados na interface entre educação e literatura, provocando movimentos de ruptura com padrões e estruturas hegemônicas que historicamente limitam e condicionam as relações entre leitores-as e obras.
Por reconhecermos que a colonialidade tem um efeito avassalador na sociedade, convidamos espaços e instituições educativas e culturais a pensarem maneiras de escapar de seus efeitos excludentes. Em cada proposta de trabalho, de maneira colaborativa, investigamos categorias analíticas que rompam com a colonialidade e promovam a experimentação de outros paradigmas.
Em busca de conexões entre a literatura dedicada às crianças e aos jovens e as diversas possibilidades de existência que compõem o cenário brasileiro, a coletiva Aya narrativaS movimenta formações a partir de uma perspectiva decolonial. Para isso, propõe encontros que articulam leituras, pesquisas e fazeres relacionados às práticas de mediação de leitura.
Aya ou Samambaia é o símbolo Adrinka que representa a resistência. Aqui, neste tempo-espaço dedicado ao contato entre educadora-es, estudantes, gestora-es, e instituições educacionais e culturais, buscamos conexões com pessoas interessadas em possibilidades socioeducativas inclusivas e representativas da pluralidade que marca a sociedade brasileira.
Vivemos o encantamento no contato com o diverso que desnaturaliza padrões estabelecidos em currículos institucionais e fazemos dos encontros situações privilegiadas de interlocução. Pesquisamos leituraS. Assim mesmo, sem destaque para o pretensamente inaugural e com a pluralidade enfatizada. As leituraS são ações múltiplas que se abrem e se desdobram em novos sentidos a cada passo trilhado. São viagens que têm suas potencialidades vividas na trajetória coletiva.
Nossos passos – desde a construção de nossas trajetórias individuais até este encontro Aya - têm sido guiados pela necessidade de perceber e significar a diversidade de conhecimentos, vozes e subjetividades de nossas vivências culturais.
Nesta caminhada marcada agora pela confluência de três educadoras, as obras literárias são a substância de nosso fazer. Nesse sentido, apontamos algumas referências fundamentais de nosso pensamento:
Refutamos narrativas que delimitam previamente adjetivações rígidas para leitoras e leitores.
Escapamos de metodologias que enquadram obras em sentido unívoco.
Desviamos de verdades impostas por grupos hegemônicos.
Buscamos territórios onde a inventividade caminhe junto com referências informativas e técnicas, sem hierarquias.
Construímos espaços de acolhimento dos leitores por inteiro, com seus corpos, saberes e lutas, dificuldades, necessidades e desejos.
Transgredimos ditames de currículos pautados em pensamentos que universalizam ideias.
Enfatizamos o contato com obras que deixam espaços para enigmas e vazios a serem experimentados pelas leitoras e pelos leitores.
Movimentamos a invenção no contato com os livros, esses objetos culturais polissêmicos.
Valorizamos os saberes das infânciaS.
Reverenciamos os saberes das mais velhas e dos mais velhos.
Comemoramos os encontros como comunidades – ainda que provisórias - de acolhimento das múltiplas existências de nosso território.
Somos leitoras que celebram a mutualidade que nutre e inspira os processos coletivos.
Estamos comprometidas com a localização das ausências, a afirmação das presenças que resistem aos processos de invisibilização e a construção de uma comunidade leitora que mova experiências de pertencimento.
Nos cruzamentos dessas perspectivas, cartografamos contextos culturais, cardiografamos subjetividades e almejamos inventografias de outros mundos.
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Aya narrativaS é um território de pesquisa-ação-invenção
Conheça a nossa equipe
Aya narrativaS é formada por educadoras, pesquisadoras e mediadoras de leitura movidas pelo propósito de visibilizar e valorizar narrativas diversas e promover espaços de reflexão e multiplicação de leituras.
Denise Col
Professora e psicóloga, focalizou seus estudos nos processos de aquisição da leitura e da escrita e no campo da literatura voltada para crianças e jovens. Atua como professora alfabetizadora de crianças, jovens e adultos; formadora de educadores e mediadora de leitura.
Débora Nobre Monteiro
Jornalista, educadora social e produtora cultural, descobriu que o significado do seu nome combina com seus ideias: a abelha. Alma criativa, mente inquieta, prefere trabalhar em projetos que mudem o mundo contra a colonização opressora e gosta quando há liberdade para sonhar e fazer acontecer.
Luce Diogo
Professora, formadora e gestora. Doutoranda em mestrado em Docência e Gestão Educacional. Possui sólida experiência na formação de educadores, com ênfase em educação antirracista e decolonial, revisão de currículos escolares e promoção de convivência ética. Especialista em planejar e desenvolver ações voltadas para a construção de políticas educacionais que valorizem a pluralidade e a diversidade.